Se você já viu nosso post no IG @menstrua.nua, sabe muito bem do que estamos falando aqui!
(Se não viu, tá esperando o que? hahaha corre lá e volta aqui!)
Como podemos bem perceber, ao mesmo tempo que existem pessoas que defendem a política de licença menstrual para trabalhadoras menstruantes com dores menstruais muito fortes como uma forma de reduzir a desigualdade de gênero e tentar mitigar as condições trabalhistas – na prática – díspares que são concedidas para menstruantes, também existem aqueles que afirmam que é justamente esse tipo de política que ajuda a reforçar esses estereótipos de gênero, prejudicando ainda mais a empregabilidade das pessoas que menstruam.
Por um lado, uma pesquisa realizada no Japão, que instituiu sua política de licenças menstruais na década de 1940, descobriu que menos de 10% das mulheres já pediram a licença menstrual, sendo que 48% das mulheres que faziam jus a esse direito nunca solicitaram, apesar de terem tido necessidade de utiliza-lo, com receio de retaliação ou julgamento de chefes e colegas de trabalho. Já na Holanda, outra pesquisa revelou que, mesmo que 14% tivessem tirado folgas devido à menstruação, apenas 20% delas chegaram a revelar a real razão da absência.
Enquanto isso, na iniciativa privada, uma empresa Indiana declarou que instituiu licenças menstruais desde 2020 e que, em razão da implementação da medida, acabou gerando aumento da produtividade na empresa pelas pessoas que fizeram uso do benefício.
De qualquer modo, é de se pensar que é justamente através da imposição de tais medidas que a sociedade acaba sendo *forçada* a quebrar esses estigmas. O ponto é que: uma medida sozinha, qualquer que seja, nunca vai ser capaz de quebrar estereótipo e tabus seculares. É o conjunto de ações, medidas, lutas, conversas, discussões e políticas que terão o poder de atingir a MUDANÇA que tanto buscamos – e cada uma dessas atitudes individualmente, apesar de não autossuficientes, são todas indispensáveis para o tão esperado resultado final.